Quem por aqui ainda se lembra do Cocho de Cortiça?

Quem por aqui ainda se lembra do Cocho de Cortiça?

Até me sabe melhor a água quando é bebida no cocho de cortiça! No tempo em que eu andava no campo, era assim que matávamos a sede, com água fresquinha tirada da fonte. Hoje, olham para isto e pensam que é só uma velharia, mas quem sabe, sabe… e nada bate a frescura dum cocho bem feito! Quem por aqui ainda se lembra disto?

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No Alentejo, terra de campos dourados e tradição enraizada, o cocho de cortiça era um dos utensílios mais comuns entre os pastores e agricultores. Feito a partir da casca do sobreiro, este objeto simples, mas de grande utilidade, servia para beber água das fontes e ribeiros nos dias quentes de labuta.

A Importância do Cocho na Vida Rural

O cocho de cortiça tinha a grande vantagem de ser leve, resistente e, acima de tudo, manter a água fresca por mais tempo, uma qualidade essencial para quem trabalhava sob o sol abrasador do Alentejo. Era usado pelos pastores nas jornadas longas e pelos camponeses nos trabalhos do campo, sendo passado de mão em mão como um símbolo de partilha e comunidade.

A Arte de Moldar a Cortiça

Criar um cocho de cortiça exigia conhecimento e habilidade. Os artesãos, muitos deles autodidatas, retiravam a cortiça cuidadosamente do sobreiro e moldavam-na com paciência. Depois, era deixado a secar e tratado para ganhar forma e resistência. Apesar da sua simplicidade, cada cocho era único e carregava consigo a história de quem o fabricava.

Um Património a Preservar

Atualmente, o cocho de cortiça caiu em desuso com a modernização dos utensílios de uso quotidiano. No entanto, continua a ser uma peça de valor cultural e histórico, lembrando-nos das raízes e da resiliência do povo alentejano. Preservar esta tradição é manter viva a identidade de uma região onde a sabedoria popular sempre soube aproveitar os recursos da natureza.

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