Sopas de Cachola – Tesouro Alentejano da Matança do Porco

Sopas de Cachola – Tesouro Alentejano da Matança do Porco

Sopas de Cachola – Tesouro Alentejano da Matança do Porco

As Sopas de Cachola são um dos pratos mais tradicionais e identitários do Alentejo profundo. Confecionadas na altura da matança do porco, esta iguaria aproveita as partes mais nobres e frescas da cabeça do animal – como o fígado, sangue cozido e pão duro – para criar um prato robusto, intenso e reconfortante.

É uma receita feita com respeito pelas tradições, pelas gentes e pela terra. É mais do que comida: é um ritual. O sabor forte, levemente avinagrado, é equilibrado com as sopas de pão e por vezes um toque de laranja.

Ingredientes (para 6 pessoas):

  • 1 cabeça de porco (com orelha e língua)

  • 300 g de fígado de porco

  • 200 ml de sangue de porco coagulado

  • 1 cebola grande

  • 4 dentes de alho

  • 2 folhas de louro

  • 1 colher de sopa de massa de pimentão

  • 100 ml de vinagre de vinho

  • 1 pão alentejano duro (tipo cabeça ou pão de véspera)

  • Azeite q.b.

  • Sal e pimenta q.b.

Preparação:

  1. Preparar a carne:

    • Coza a cabeça de porco em água com sal, louro, cebola e alho durante cerca de 1h30.

    • Retire a carne, desfie e reserve os pedaços mais tenros (linguado, orelha, bochecha).

    • Corte o fígado e o sangue em cubos pequenos.

  2. Refogado base:

    • Num tacho grande, faça um refogado com azeite, alho picado, massa de pimentão e cebola.

    • Junte o fígado e o sangue, tempere com sal e pimenta e deixe apurar bem.

  3. Adicionar vinagre:

    • Depois do refogado estar bem cozinhado, junte o vinagre e os pedaços da cabeça cozida.

  4. Preparar as sopas:

    • Corte o pão em fatias finas para o fundo de uma terrina de barro ou tigela de servir.

    • Regue com o caldo bem quente da cachola por cima.

  5. Servir:

    • Sirva bem quente, com a carne por cima e, se quiser, umas rodelas de laranja para contrastar.

 

Este prato é tipicamente consumido nas tabernas e nas casas durante a matança, quando o porco era mais do que sustento – era festa.

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