Sabem porque é que antigamente os Garrafões de Vinho eram cobertos com um plástico branco ou bunho?

O Vinho (branco e tinto) – antigamente onde ainda não existiam as arcas frigoríficas e o garrafão não cabia nos pobres frigoríficos, costumava-se em dias de muito calor, suspender por uma corda e deitado ao Poço, onde a mais baixa temperatura da água o mantinha por várias horas em condições dignas de ser bebido.  

Para que o vidro não estala-se eram fabricados á sua volta com um plástico branco ou em alguns casos com bunho entrelaçado.

O problema era a logística da coisa: dois ou três garrafões, baraço de corda , e a malta em condições de ainda saber fazer um nó a preceito, não fosse o garrafão soltar-se (grande desastre!!) 

Casos se deram de preciosos garrafões terem ido fazer companhia às salamandras do fundo do poço, logo seguidos pelo impetrante autor do nó defeituoso (não sei bem se de vontade se “empurrado” pelos outros companheiros). 

OS 10 MANDAMENTOS DO VINHO PORTUGUÊS EM VERSO

O primeiro amarás
O vinho de Portugal,
Água não lhe deitarás,
Que te pode fazer mal.

O segundo, não jurarás
Pela folha da parreira,
Pois grande ofensa se faz
À sua mãe, a videira

O terceiro, levarás azeitonas,
Bacalhau, pão e queijo,
Beberás com todo o jeito
Até fartar teu desejo.

O quarto, a tua borracha
Com respeito adorarás;
Quando a encontrares no caminho
O chapéu lhe tirarás.

O quinto é não matar,
Só se for chibo ou carneiro,
Para fazeres dele um odre
Que seja teu cabaçeiro.

O sexto não desejarás
Comer salada de pepino,
Que dizem certos autores
Ser veneno contra o vinho.

O sétimo, não furtar
Só se for para beber;
Se te fores confessar
Sempre te hão-de absolver.

O oitavo, não desejar
Ver a medida pequena;
Beber por um cangirão
Que faça a vista morena.

O nono, não desejar
Beber o vinho alheio,
Quando estiver turvo
Ou já muito vinagreiro.

O décimo é amar
A aguardente e o vinho
E ser sempre um bom devoto
Do advogado S. Martinho.

Estes são dez mandamentos
Que a todos convém saber:
É pôr a boca à torneira
E … deixá-la correr!

 

Fonte: http://correio-mor.blogspot.com/

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *